Acendo um cigarro e me incendeio com ele.
Penso nela e isso me faz arder.
Há dias e nenhum sinal, nenhuma manifestação.
Inspiro e expiro o smog , mas eu não me vejo apagar.
Quem dera acabasse o filtro, a minha saudade fosse embora também.
Ela me diz: Não fume, não faça isso, é proibido fumar.
Pego meu cigarro e vou pra outro lugar.
Passados alguns dias e ela finge não se importar.
Cheira minhas roupas, procura resquicios em mim encontrar;
não há nada além de um bom Noir (ar).
Minhas rimas são tão pobres e eu não curto cigarros fortes.
Os poetas usaram todas as palavaras e não deixaram uma sequer, para fazer uma canção pra ela.
Caminho comigo mesma, me convido a passear.
Não vou dormir pra não ter que acordar.
Autora: Carla Roberta.
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